O impasse envolvendo um navio chinês atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, continua nesta terça-feira (19). A embarcação trouxe equipamentos e trabalhadores autorizados para a operação de desembarque, o que não foi aceito por portuários do cais santista, que alegam que estão perdendo oportunidades de trabalho e questionam essa autorização. Os trabalhadores invadiram o navio na última segunda-feira (18), exigindo que assumissem os trabalhos.
Havia uma expectativa de negociação e acordo pela manhã, porém, o protesto continua. Alguns sindicalistas disseram que a situação permanece a mesma. Os portuários continuam dentro da embarcação à espera de um acordo ou de uma resposta da empresa, dona do terminal que importou portêineres e transtêineres.
A Embraport, empresa que importou os equipamentos da China, esclarece que os 100 trabalhadores chineses, que vieram junto com o navio, são técnicos da empresa fabricante dos equipamentos. Eles vão trabalhar apenas na montagem desses equipamentos, que são guindastes específicos para movimentação dos contêineres.
Os portêineres movimentam os contêineres e retiram ou colocam a carga do navio para o pátio. Já os transtêineres movimentam os contêineres dentro dos terminais. Este é um procedimento comum, ou seja, a montagem desses equipamentos é feita pela empresa fabricante desses equipamentos, que são guindastes específicos.
A Embraport também diz que cumpre rigorosamente a legislação vigente. Mas há um impasse, porque os trabalhadores não concordam com isso. A maioria deles são estivadores que permanecem dentro do navio.